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A viagem é uma vír g ula que se faz linha. A cama de casa é o ponto final.
Meu andar é um desenho. Com passos risco o mundo, com essência preencho em cor.

Aquele olhar

O olhar dela não é nada fácil. Não é daqueles vibrantes, empolgados com o próximo revelar da vida. Não é daqueles acanhados, fugitivos. Nem intimidador, imponente.   É aquele que a gente precisa desviar o nosso, porque é cruelmente factual, porque é delirante, carregado de devaneios. Certa melancolia à frente, um convite tentador ao lado e, acima, bem, lá não cheguei. Ele se enche de luz nessa direção.   Certeza que o olhar dela é desses que a gente se perde e, se regressamos, ficamos aguardando o dia de encontrá-lo novamente.

A terra e o céu

No castanho dos olhos dela, de um escuro tão profundo, moram segredos, sombras negras sem fim. No azul dos olhos dele abre-se um horizonte, com traços de luzes tão fortes que confundem quem as vê. Os pés no chão mantém a cabeça no céu. A cabeça no céu mantém os pés no chão. E assim uma união. Encontrou nele um mundo. Encontrou nela uma estrela.

O dia pela janela

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Que desperdício. O lado de fora, com todas as possibilidades, e você aqui dentro, olhando pela janela. Pela janela, observado o sol a se movimentar. O início e fim de uma chuva. A sombra das folhas das árvores movendo-se pelo seu rosto. As pessoas chegando e indo em seus caminhos. Os pássaros comendo. Os pensamentos chegando e saindo, entre um vento e outro. Que despertar. O lado de fora, tão aqui dentro.