Café

Fim da primeira xícara de café que tomo na vida (desde que aprendi a dizer não). Eu não bebo café. Tinha também o péssimo hábito de me esquecer de oferecer aos visitantes. Erro em nossas terras. Não se preocupem. Juro que me esforço para não cometer mais a gafe... Por mãos generosas, ganhamos diversos utensílios para fazer diferentes versões da bebida, que agora faz parte da rotina do lar nos encontros esporádicos. E hoje, por que não um meu? Feito. Sem açúcar. É desta forma que me encanto com os chás. Meu corpo ficou arrepiado. "Nesta idade arrepio não é mais de frio", me disse um primo em certeiro dia. Meu hálito fez-me lembrar da minha mãe nas tardes passadas dos finais de semana. Os lábios, sentidos com a ponta da língua, me levaram até os jovens suecos nas noites e cais, com as bocas ressecadas pelas drogas. Intenso, curto, amargo, seco. Quanto ao futuro, seria possível tirar daí alguma previsão?



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